A
Sociologia como Ciência
A Sociologia é uma ciência
que estuda o comportamento humano, os meios de comunicação em função do meio e
os processos que interligam o indivíduo em associações, grupos e instituições.
Ela estuda os fenômenos que ocorrem quando vários indivíduos se encontram em
grupos de tamanhos diversos e interagem no seu interior.
Ela é fruto da revolução industrial
e é denominada de “ciência da crise” porque procurou dar resposta às questões
sociais impostas por essa revolução que, num primeiro momento, alterou a
sociedade européia e, depois, o mundo todo.
A Sociologia como “ciência da
sociedade” não surgiu de repente ou da reflexão de algum autor iluminado. Ela
representa o resultado da elaboração de um conjunto de pensadores que se
empenharam em compreender as novas transformações que estavam em curso. O século XVIII foi um século de profundas
transformações políticas e econômicas na sociedade européia que posteriormente
se expandiram para o resto do mundo.
A Revolução Industrial representa o
triunfo da sociedade capitalista, quando os empresários passaram a controlar os
meios de produção e as grandes massas das classes trabalhadoras desprovidas dos
meios de produção, detentores apenas de força de trabalho, que passaram
a ser submetidos ao dono do capital.
O novo modo de produção interferiu
também na forma de organização familiar e desmantelou a família patriarcal,
passando, a partir daquele momento, a predominar a família nuclear.
Diante de
todos esses acontecimentos que tornam visíveis as dinâmicas da vida social, a
sociedade coloca-se em um plano de análise, em objeto que deveria ser
investigado de forma científica, fugindo das explicações metafísicas ou
espirituais.
Uma coisa havia em comum entre os
pensadores que testemunhavam as transformações da época: apesar de pertencerem às
correntes de pensamentos diferenciados, como liberais, conservadores, socialistas
etc., eles compartilhavam do mesmo pensamento – de que a sociedade
capitalista era passível de ser analisada cientificamente.
Disciplinas
que têm Afinidades com a Sociologia
Sociologia
e Filosofia da Educação
Nas escolas que trabalham com
educação é importante o entrosamento da Sociologia com a Filosofia da Educação
e que as duas disciplinas caminhem juntas na produção de saberes.
Sociologia
e Psicologia
Na Psicologia, a falta de
conhecimento sociológico pode levar a uma visão deformada dos problemas psíquicos.
Tendemos a ver os problemas como reflexos de uma situação isolada e individual.
Sociologia
e Ciências Sociais
As ciências sociais são um ramo do conhecimento científico que
estuda os aspectos sociais do mundo humano.
Economia
Política
Ela é uma ciência social porque
estuda o homem e suas relações sociais, mas tem sua particularidade.
Ciência
Política
A Ciência Política estuda como as
outras ciências, a relação entre os homens, sob o ângulo da organização e da
destruição do poder
Antropologia
Antropologia, apesar de ser também
uma ciência social, tem vínculos com a Biologia e com a Arqueologia: a Biologia
estuda a vida; a Arqueologia, os fósseis. A Antropologia estuda o
desenvolvimento do corpo humano e o desenvolvimento cultural através de tempo.
História
A História mantém estreita relação
com a Sociologia. Nós vimos que para entender os aspectos em que surgiu a
Sociologia tivemos de fazer um resgate histórico, embora seus objetos de estudo
sejam distintos.
Psicologia
Social
A Psicologia Social estuda a
interação recíproca entre pessoas e os efeitos que essa interação exerce sobre
os pensamentos, sentimentos, emoções e hábitos dos indivíduos.
As
formas de Pensamento Social
Auguste Comte
(1798-1857)
O
Positivismo como primeira forma de compreensão da Vida Social
A
primeira corrente do pensamento sociológico foi desenvolvida por Augusto Comte
e foi denominado de Positivismo, que veio para substituir as explicações
teológicas pela crença na razão.
As Correntes Sociológicas
A Sociologia não é uma ciência de
apenas uma orientação teórico-metodológica dominante. Ela tem diferentes formas
de analisar a sociedade.
Durkheim e o
positivismo-funcionalismo
Èmile Durkheim (1858-1917) foi
fortemente influenciado pelo pensamento científico do século XIX. Sua
preocupação era delimitar o objeto e o método da Sociologia.
A Sociologia, na visão de Durkheim,
é o estudo dos fatos sociais que podem ser entendidos como os modos de agir que
exercem sobre o individuo uma coerção exterior e apresentam uma existência
própria, independente das manifestações individuais que possam ter. Durkheim
afirmava que os fatos sociais devem ser considerados como coisas. Ele as chama
de coisas pelo fato de termos uma visão vaga e confusa, além da ilusão de conhecê-los.
Portanto, para livrar-se das pré-noções e dos preconceitos não-científicos,
devemos tratar os fatos sociais como coisas.
Formas de solidariedade
Solidariedade mecânica, para
Durkheim, era aquela que predominava nas sociedades pré-capitalistas, em que os
indivíduos se identificavam através da família, da religião, da tradição e dos
costumes, permanecendo, em geral, independentes e autônomos em relação à
divisão do trabalho social. A consciência coletiva aqui exerce todo seu poder
de coerção sobre os indivíduos.
Solidariedade mecânica: o princípio
das semelhanças
Nas sociedades arcaicas – primitiva
e feudal – a consciência coletiva exercia um papel preponderante para a
integração social.
Solidariedade
orgânica: princípio da diferenciação
Solidariedade orgânica é aquela típica das sociedades capitalistas, em que,
através da acelerada divisão do trabalho social, os indivíduos tornavam-se
interdependentes.
A Sociologia diante do caso
patológico e da anomia
Durkheim
admitia que o capitalismo é bom, e a sociedade é perfeita. Contrapondo-se ao
pensamento socialista, dizia ele, basta apenas conhecer os seus problemas e
buscar uma solução
Marx e o materialismo histórico e dialético
Marx observava as transformações que
ocorriam na sociedade de sua época. Transformações essas que causaram miséria e
sofrimento na classe trabalhadora, enquanto que a burguesia se elevava à
condição de classe dominante. São científicas para eles.
Dialética
Engels afirmava que
a Dialética considera as coisas e os conceitos no seu encadeamento: suas
relações mútuas, sua ação recíproca e as decorrentes modificações mútuas, seu
nascimento, o desenvolvimento, sua decadência.
A Dialética tem três
características:
A primeira é que tudo se relaciona – lei da ação
recíproca: a natureza é um todo unido, coeso, em que os objetos e os fenômenos
estão intimamente ligados entre si, dependentes uns dos outros, e condicionando-se reciprocamente.
As Formas
de consciências
Marx se propõe a explicar que a
consciência está ligada às condições materiais da vida, ou seja, ao intercâmbio
econômico entre os homens.
Max Weber (1864 – 1820)
Weber e o
compreensivismo
Weber teve uma contribuição
importantíssima para o desenvolvimento da Sociologia. Herdeiro de uma tradição
filosófica diferente e vivendo os problemas da Alemanha, diversos dos da França
e Inglaterra na mesma época, pode trazer uma nova visão que não descendia nem
de ideais políticos, nem de racionalismo positivista de origem anglo-francesa.
A Educação na perspectiva Marxista,
Durkheiminiana e Weberiana
A educação em Marx
O tema da educação não ocupou o
lugar central na obra de Marx. Ele não formulou explicitamente uma teoria da
educação, muito menos princípios metodológicos e diretrizes para o processo
ensino-aprendizagem.
Educação em Durkheim
Para Durkheim, a educação é
essencialmente um processo pelo qual aprendemos a ser membros da sociedade.
Educação e socialização.
A Educação em Weber
Segundo Weber, a história humana é um processo crescente de
racionalização da vida, ou seja, é o abandono de concepções mágicas e
tradicionais que justificavam o comportamento dos homens. Para ele, o que
constitui a sociedade são a ação e a interação dos indivíduos.
A compreensão da
educação numa perspectiva sociológica
Para que Estudar
Sociologia da Educação?
No artigo “Sociologia da Educação:
para quê?” O autor Cristian Baudelot faz um questionamento: é útil ou inútil
ensinar Sociologia da Educação aos futuros professores? O sociólogo francês
Èmille Durkheim foi o primeiro a formular este questionamento há mais de um
século. A essa pergunta ele deu respostas teóricas e práticas.
Durkheim via na disciplina
Sociologia da Educação a ciência destinada aos futuros professores, uma forma
de proceder a uma análise objetiva do sistema de ensino, sua história, suas
funções, seus conteúdos, seus ideais. Isso para se obter dois resultados:
primeiro, manter a educação moral na educação primária.
Legitimidade
de um balanço
Diante dessa realidade, faz necessário levantar o seguinte
questionamento: os conhecimentos sociológicos da educação levaram a alguma
transformação no funcionamento escolar? Todos esses conhecimentos sociológicos
dos últimos anos mudaram algo na escola, uma vez que a ética de todo sociólogo,
que estuda cientificamente a sociedade é combater as desigualdades sociais?
Então o autor argumenta que é em função desse balanço que
saberemos se é útil ou não ensinar Sociologia da Educação aos futuros
professores. Para isso, ele nos convida a fazer uma abordagem, fazendo referência
às diferenças de classes.
A Sociologia da Educação:
entre Funcionalismo e o Pós-Modernismo
O campo da Sociologia é bastante fluido, daí a
dificuldade de se fazer Sociologia. No campo das ciências naturais, os objetos
de estudo são objetivos; já na Sociologia, a objetividade ganha ares de
subjetividade.
Movendo-se
no Campo: as Referências principais
O grande tema da Sociologia da
Educação é o dos mecanismos pelos quais a escola contribuiu para a produção e a
reprodução de uma sociedade de classes.
A Divisão
Capitalista do Trabalho: o ponto de partida e o ponto de chegada
Nos estudos de inspiração marxista
(Althusser, Bowles e Gintis, Baudelot e Estabelt), o problema a ser explicado é
a divisão da sociedade entre proprietários e não-proprietários, em conjunção
com a divisão entre trabalho intelectual e manual, e sua reprodução, com ênfase
para o papel da escola nesse processo.
Bourdieu
e Passeron: os processos culturais em evidência
Para Bourdieu e Passeron, a escola
não inculca valores e modos de pensamentos dominantes. Ela limita-se a usar o
código de transmissão cultural de que apenas as crianças e jovens da classe
dominante já foram iniciados no ambiente da família.
A
problematizarão do conhecimento escolar
A Nova Sociologia da Educação, organizada
por Michel Young, em 1971, na Inglaterra, depois se estendeu aos EUA e França,
tendo pouca repercussão no Brasil.
Sociologia da
Educação: Uma Análise de suas Origens e Desenvolvimento a Partir de um Enfoque
da Sociologia do Conhecimento.
1. Breves
considerações sobre o enfoque da sociologia do conhecimento
Analisar a construção do
conhecimento como processo articulado aos contextos sociais não se caracteriza
como um empreendimento novo. No início do século XX, vários estudiosos de diferentes
países interessavam-se por essa discussão.
Na França, Auguste Comte
propunha uma história social do conhecimento; Durkheim e seus seguidores,
principalmente Marcel Mauss, estudavam a origem social de categorias
fundamentais ou “representações coletivas”; do mesmo modo, historiadores como
Marc Bloch e Lucien Febvre produziram reflexões importantes sobre as
“mentalidades coletivas”.
2. Origens e
desenvolvimento da sociologia da educação: uma leitura sócio-histórica de um
processo intelectual
A sociologia da
educação, apesar da sua origem recente, conhece um notável desenvolvimento
quantitativo e qualitativo. Precisa lidar no seu interior com um processo de
desenvolvimento e diversificação de tratamento de seu objeto empírico, os
sistemas de ensino em geral, e com uma gama infindável de opções teóricas e
metodológicas para a sua investigação.
3. O olhar crítico
sobre a educação: novos caminhos da sociologia da educação
O desenvolvimento
econômico significativo dos países de capitalismo avançado, no período
pós-Segunda Guerra Mundial, atinge seu limite no fim da década de 1960 e no
começo das 1970, período que será marcado por profundas crises. No nível
econômico, os problemas decorrentes da crise do petróleo, do movimento de
concentração das empresas transnacionais, da superprodução, de um certo esgotamento
dos recursos naturais e da difícil integração dos países subdesenvolvidos ao
sistema mundial, são aspectos a destacar. No nível social, uma crise social e
cultural se expressa nos movimentos estudantis nos Estados Unidos, em 1965, e em
França, em Maio de 1968. Esses movimentos traduzem também insatisfações sobre o
papel da escola como instrumento de democratização das oportunidades educacionais.
4. A fase mais
recente dos estudos em sociologia da educação: tendências e perspectivas
O período recente é
marcado pela crise econômica que, a partir de 1973, passou a ser o centro dos
problemas mais urgentes das sociedades de capitalismo avançado. Esta crise vai
ter profundas conotações sobre o sistema produtivo e atingir perspectivas
globais. No nível econômico, apresenta-se como uma crise de produtividade, que
exige uma importante reestruturação do sistema. A reestruturação caracterizou-se
por uma utilização intensa da ciência e da tecnologia, que se incorpora ao
âmago do processo produtivo. Este aspecto traz profundas implicações para o
problema da qualificação do trabalho e, necessariamente, para o sistema de
ensino. Se, por um lado, positivamente, o sistema escolar assume uma nova
centralidade no conjunto das instituições sociais como espaço produtor e
distribuidor de conhecimentos científicos, tecnológicos e na formação de uma mão-de-obra
qualificada; por outro, em sentido contrário, verifica-se a queda dos níveis de
emprego e uma rápida e crescente desqualificação de um número significativo de
trabalhadores com a introdução de procedimentos novos ou com o abandono de
setores inteiros da produção. Há que se destacar, também, a crise do Estado do
bem estar Social e a proposição do Estado mínimo, que se traduziu para as
organizações dos sistemas de ensino, na redução dos investimentos.
Correntes e controvérsias em sociologia da educação
Tentaremos resumir aqui quais as
origens, as principais polêmicas e as correntes teóricas que hoje atravessam a
sociologia da educação. Em Inglaterra, os primeiros trabalhos de sociologia da
educação nascem ligados aos estudos sobre mobilidade social em curso na London
Schoolof Economics, sob a direção de David Glass. Daí que o cálculo das probabilidades
diferenciais de acesso à escola tenha tido desde logo um lugar privilegiado e
haja continuado a ser uma das questões de que a sociologia da educação inglesa
se iria ocupar com mais insistência.
Em França, a evolução foi bastante diferente. Aqui é um dos grandes antepassados
da sociologia —Durkheim— que funda á disciplina nos últimos anos do século XIX.
Para além do que se passava internamente na disciplina propriamente dita,
muitos debates se travaram sobre o tema da escola, debates esses que vieram a
ter uma importância crucial no tipo de questões abordadas pelos sociólogos da educação.
O desencanto com as reformas educacionais é hoje tão vasto que atingiu já
alguns dos maiores nomes dentro da sociologia da educação
Este
novo plano teórico aceito como dado que só se poderá falar de igualdade efetiva
de oportunidades quando a proporção dos diferentes grupos na escola for mais ou
menos idêntica à proporção que os grupos mantêm entre si na totalidade da
população. Assim, a questão deixa de ser a de uma formal igualdade de
oportunidades e transforma-se na da igualdade real de resultados.
É
verdade que muitas das primeiras investigações analisavam a escola na sua
relação com a estrutura social; no entanto, a grande maioria dos trabalhos hoje
feitos reduz arbitrariamente o objeto de análise isolando a escola do que fora
dela se passa.
É
difícil numa nota deste tipo analisar, com alguma profundidade, os trabalhos
feitos dentro da perspectiva funcionalista e fazer justiça à sua diversidade.
No entanto, a grande maioria das investigações produzidas a partir deste
paradigma teórico13 padece de alguns limites importantes, o que de resto não é
exclusivo deste campo da sociologia. Desde o início, os novos sociólogos da
educação distinguem-se pelo radicalismo das suas críticas em relação à «velha»
disciplina, considerada como viciada pelo «positivismo» dos seus métodos e
obcecada com questões macro sociológicas, agora vistas como desnecessárias e
laterais, esquecendo desta forma a problemática, na sua opinião fundamental, do
que se passa dentro da instituição escolar.
Na
seleção das correntes e investigações mencionadas, adaptou um critério
institucional; daí que esta nota padeça dos limites inerentes à própria
organização da sociologia da educação nos departamentos universitários e de
investigação. De fato, a disciplina tem estado sujeita, tal como outros campos
da sociologia, a um cantonamento arbitrário e prejudicial, na medida em que
certas abordagens, nomeadamente a histórica, têm vindo a ser sistematicamente
menosprezadas.
Educação, Sociologia da Educação e Teorias Sociológicas
Clássicas: Marx, Durkheim e Weber
Educação,
sistemas, políticas e processos educativos têm-se tornado questões centrais nas
sociedades contemporâneas. A discussão implica uma reflexão sobre o próprio conceito
de educação: na verdade, os debates contemporâneos neste âmbito podem já ser
desvendados na tradição clássica. Nem
todos os clássicos da Sociologia deram particular relevo às questões
relacionadas com educação. Há três nomes incontornáveis neste domínio: Karl
Marx, Émile Durkheime Max Weber. Embora Marx e Weber não se tenham debruçado
explicitamente sobre os sistemas educativos e apenas tenham
1 A educação em Karl Marx
A sociologia
materialista – histórica – dialética de Karl Marx (1818-1883)é a sociologia da
luta de classes, a sociologia das relações de poder no seio das sociedades
capitalistas, do estruturalismo sócio- econômico -político. Em poucas palavras, digamos que o
marxismo é a sociologia do conflito, isto é, do “antagonismo”(Aron, 1991: 181).
As contradições da sociedade capitalista (nomeadamente, entre classes; entre
forças e relações de produção; e entre progressão das riquezas e miséria
crescente da maioria) conduzirão à crise revolucionária: a revolução do proletariado,
feita pela maioria em benefício de todos.
2 A educação em Émile Durkheim
A
sociologia estruturalista – funcionalista –sistêmica de Émile Durkheim
(1858-1917)é a sociologia da objetivação do social, da coisificação das relações
sociais (Cruz1989: XI). Esta ciência autônoma e empírica, assente na teoria do
‘fato social’, é a solução científica para decifrar o mundo.
Em
poucas palavras, digamos que é uma sociologia do consenso e da ordem, da coesão
social, da moral (entendida como ‘produto social’). Marx está para as relações
de poder como Durkheim está para as relações de coesão social. A sociologia
durkheimianaensina o respeito pelas normas coletivas (Aron, 1991: 383).
3 A educação em Max Weber
A
sociologia accionalista – compreensiva –interpretativa – explicativa de Max
Weber(1864-1920) é a sociologia da ação social dotada de sentido e de
significado subjetivo: o sentido é interativo porque tem significado social; é subjetivo
porque individual.
A
sociologia de Weber é a “ciência que se propõe compreender interpretativamente a
ação social, para deste modo a explicar causalmente no seu desenrolar e nos seus
efeitos” (Cruz, 1989: 584) [a ação é o comportamento humano dotado de sentido subjetivo;
a ação social é a ação onde o sentido se refere ao comportamento, à conduta, de
outras pessoas.
Notas finais
No
pensamento marxista, a educação é um espaço de reprodução ideológica dos
interesses da classe dominante (a burguesia); em Durkheim, a educação é vista
como instituição integradora essencial à ordem social; na perspectiva
weberiana, a educação é fonte de um novo princípio de controlo, enquanto racionalidade
instrumental de dominação burocrática (Morrow e Torres, 1997: Se em Marx a
educação pode oprimir ou emancipar o indivíduo (no sentido de “libertação”); em
Durkheim, a educação é o mecanismo pelo qual ele se torna membro de uma
sociedade (se torna “um ser novo”).
Weber vai mais longe: a educação é fator de
seleção e de estratificação sociais. Marx e Durkheim centraram-se no poder das
forças externas ao indivíduo; Weber centrou-se na capacidade de ação do
indivíduo sobre o exterior.
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