domingo, 10 de março de 2013





A Sociologia como Ciência

            A Sociologia é uma ciência que estuda o comportamento humano, os meios de comunicação em função do meio e os processos que interligam o indivíduo em associações, grupos e instituições. Ela estuda os fenômenos que ocorrem quando vários indivíduos se encontram em grupos de tamanhos diversos e interagem no seu interior.
            Ela é fruto da revolução industrial e é denominada de “ciência da crise” porque procurou dar resposta às questões sociais impostas por essa revolução que, num primeiro momento, alterou a sociedade européia e, depois, o mundo todo.
            A Sociologia como “ciência da sociedade” não surgiu de repente ou da reflexão de algum autor iluminado. Ela representa o resultado da elaboração de um conjunto de pensadores que se empenharam em compreender as novas transformações que estavam em curso.  O século XVIII foi um século de profundas transformações políticas e econômicas na sociedade européia que posteriormente se expandiram para o resto do mundo.
            A Revolução Industrial representa o triunfo da sociedade capitalista, quando os empresários passaram a controlar os meios de produção e as grandes massas das classes trabalhadoras desprovidas dos meios de produção, detentores apenas de força de trabalho, que passaram a ser submetidos ao dono do capital.
            O novo modo de produção interferiu também na forma de organização familiar e desmantelou a família patriarcal, passando, a partir daquele momento, a predominar a família nuclear.
            Diante de todos esses acontecimentos que tornam visíveis as dinâmicas da vida social, a sociedade coloca-se em um plano de análise, em objeto que deveria ser investigado de forma científica, fugindo das explicações metafísicas ou espirituais.
            Uma coisa havia em comum entre os pensadores que testemunhavam as transformações da época: apesar de pertencerem às correntes de pensamentos diferenciados, como liberais, conservadores, socialistas etc., eles compartilhavam do mesmo pensamento – de que a sociedade capitalista era passível de ser analisada cientificamente.

Disciplinas que têm Afinidades com a Sociologia

Sociologia e Filosofia da Educação
            Nas escolas que trabalham com educação é importante o entrosamento da Sociologia com a Filosofia da Educação e que as duas disciplinas caminhem juntas na produção de saberes.
Sociologia e Psicologia
            Na Psicologia, a falta de conhecimento sociológico pode levar a uma visão deformada dos problemas psíquicos. Tendemos a ver os problemas como reflexos de uma situação isolada e individual.

Sociologia e Ciências Sociais
            As ciências sociais são um ramo do conhecimento científico que estuda os aspectos sociais do mundo humano.

Economia Política
            Ela é uma ciência social porque estuda o homem e suas relações sociais, mas tem sua particularidade.

Ciência Política
            A Ciência Política estuda como as outras ciências, a relação entre os homens, sob o ângulo da organização e da destruição do poder

Antropologia
            Antropologia, apesar de ser também uma ciência social, tem vínculos com a Biologia e com a Arqueologia: a Biologia estuda a vida; a Arqueologia, os fósseis. A Antropologia estuda o desenvolvimento do corpo humano e o desenvolvimento cultural através de tempo.

História
            A História mantém estreita relação com a Sociologia. Nós vimos que para entender os aspectos em que surgiu a Sociologia tivemos de fazer um resgate histórico, embora seus objetos de estudo sejam distintos.
Psicologia Social
            A Psicologia Social estuda a interação recíproca entre pessoas e os efeitos que essa interação exerce sobre os pensamentos, sentimentos, emoções e hábitos dos indivíduos.


As formas de Pensamento Social
Auguste Comte (1798-1857)

O Positivismo como primeira forma de compreensão da Vida Social

            A primeira corrente do pensamento sociológico foi desenvolvida por Augusto Comte e foi denominado de Positivismo, que veio para substituir as explicações teológicas pela crença na razão.
As Correntes Sociológicas
            A Sociologia não é uma ciência de apenas uma orientação teórico-metodológica dominante. Ela tem diferentes formas de analisar a sociedade.
Durkheim e o positivismo-funcionalismo
            Èmile Durkheim (1858-1917) foi fortemente influenciado pelo pensamento científico do século XIX. Sua preocupação era delimitar o objeto e o método da Sociologia.
            A Sociologia, na visão de Durkheim, é o estudo dos fatos sociais que podem ser entendidos como os modos de agir que exercem sobre o individuo uma coerção exterior e apresentam uma existência própria, independente das manifestações individuais que possam ter. Durkheim afirmava que os fatos sociais devem ser considerados como coisas. Ele as chama de coisas pelo fato de termos uma visão vaga e confusa, além da ilusão de conhecê-los. Portanto, para livrar-se das pré-noções e dos preconceitos não-científicos, devemos tratar os fatos sociais como coisas.
Formas de solidariedade
            Solidariedade mecânica, para Durkheim, era aquela que predominava nas sociedades pré-capitalistas, em que os indivíduos se identificavam através da família, da religião, da tradição e dos costumes, permanecendo, em geral, independentes e autônomos em relação à divisão do trabalho social. A consciência coletiva aqui exerce todo seu poder de coerção sobre os indivíduos.
Solidariedade mecânica: o princípio das semelhanças
            Nas sociedades arcaicas – primitiva e feudal – a consciência coletiva exercia um papel preponderante para a integração social.

Solidariedade orgânica: princípio da diferenciação
            Solidariedade orgânica é aquela típica das sociedades capitalistas, em que, através da acelerada divisão do trabalho social, os indivíduos tornavam-se interdependentes.

A Sociologia diante do caso patológico e da anomia
            Durkheim admitia que o capitalismo é bom, e a sociedade é perfeita. Contrapondo-se ao pensamento socialista, dizia ele, basta apenas conhecer os seus problemas e buscar uma solução
 Marx e o materialismo histórico e dialético
            Marx observava as transformações que ocorriam na sociedade de sua época. Transformações essas que causaram miséria e sofrimento na classe trabalhadora, enquanto que a burguesia se elevava à condição de classe dominante. São científicas para eles.
Dialética
Engels afirmava que a Dialética considera as coisas e os conceitos no seu encadeamento: suas relações mútuas, sua ação recíproca e as decorrentes modificações mútuas, seu nascimento, o desenvolvimento, sua decadência.
A Dialética tem três características:
            A primeira é que tudo se relaciona – lei da ação recíproca: a natureza é um todo unido, coeso, em que os objetos e os fenômenos estão intimamente ligados entre si, dependentes uns dos outros, e condicionando-se reciprocamente.
As Formas de consciências
            Marx se propõe a explicar que a consciência está ligada às condições materiais da vida, ou seja, ao intercâmbio econômico entre os homens.
Max Weber (1864 – 1820)
Weber e o compreensivismo
            Weber teve uma contribuição importantíssima para o desenvolvimento da Sociologia. Herdeiro de uma tradição filosófica diferente e vivendo os problemas da Alemanha, diversos dos da França e Inglaterra na mesma época, pode trazer uma nova visão que não descendia nem de ideais políticos, nem de racionalismo positivista de origem anglo-francesa.


A Educação na perspectiva Marxista, Durkheiminiana e Weberiana
A educação em Marx
            O tema da educação não ocupou o lugar central na obra de Marx. Ele não formulou explicitamente uma teoria da educação, muito menos princípios metodológicos e diretrizes para o processo ensino-aprendizagem.
Educação em Durkheim
            Para Durkheim, a educação é essencialmente um processo pelo qual aprendemos a ser membros da sociedade. Educação e socialização.
A Educação em Weber
Segundo Weber, a história humana é um processo crescente de racionalização da vida, ou seja, é o abandono de concepções mágicas e tradicionais que justificavam o comportamento dos homens. Para ele, o que constitui a sociedade são a ação e a interação dos indivíduos.

A compreensão da educação numa perspectiva sociológica

Para que Estudar Sociologia da Educação?
            No artigo “Sociologia da Educação: para quê?” O autor Cristian Baudelot faz um questionamento: é útil ou inútil ensinar Sociologia da Educação aos futuros professores? O sociólogo francês Èmille Durkheim foi o primeiro a formular este questionamento há mais de um século. A essa pergunta ele deu respostas teóricas e práticas.
            Durkheim via na disciplina Sociologia da Educação a ciência destinada aos futuros professores, uma forma de proceder a uma análise objetiva do sistema de ensino, sua história, suas funções, seus conteúdos, seus ideais. Isso para se obter dois resultados: primeiro, manter a educação moral na educação primária.
Legitimidade de um balanço
Diante dessa realidade, faz necessário levantar o seguinte questionamento: os conhecimentos sociológicos da educação levaram a alguma transformação no funcionamento escolar? Todos esses conhecimentos sociológicos dos últimos anos mudaram algo na escola, uma vez que a ética de todo sociólogo, que estuda cientificamente a sociedade é combater as desigualdades sociais?
Então o autor argumenta que é em função desse balanço que saberemos se é útil ou não ensinar Sociologia da Educação aos futuros professores. Para isso, ele nos convida a fazer uma abordagem, fazendo referência às diferenças de classes.

A Sociologia da Educação: entre Funcionalismo e o Pós-Modernismo

            O campo da Sociologia é bastante fluido, daí a dificuldade de se fazer Sociologia. No campo das ciências naturais, os objetos de estudo são objetivos; já na Sociologia, a objetividade ganha ares de subjetividade.
Movendo-se no Campo: as Referências principais
            O grande tema da Sociologia da Educação é o dos mecanismos pelos quais a escola contribuiu para a produção e a reprodução de uma sociedade de classes.
A Divisão Capitalista do Trabalho: o ponto de partida e o ponto de chegada
            Nos estudos de inspiração marxista (Althusser, Bowles e Gintis, Baudelot e Estabelt), o problema a ser explicado é a divisão da sociedade entre proprietários e não-proprietários, em conjunção com a divisão entre trabalho intelectual e manual, e sua reprodução, com ênfase para o papel da escola nesse processo.
Bourdieu e Passeron: os processos culturais em evidência
            Para Bourdieu e Passeron, a escola não inculca valores e modos de pensamentos dominantes. Ela limita-se a usar o código de transmissão cultural de que apenas as crianças e jovens da classe dominante já foram iniciados no ambiente da família.
A problematizarão do conhecimento escolar
            A Nova Sociologia da Educação, organizada por Michel Young, em 1971, na Inglaterra, depois se estendeu aos EUA e França, tendo pouca repercussão no Brasil.

Sociologia da Educação: Uma Análise de suas Origens e Desenvolvimento a Partir de um Enfoque da Sociologia do Conhecimento.

1. Breves considerações sobre o enfoque da sociologia do conhecimento
            Analisar a construção do conhecimento como processo articulado aos contextos sociais não se caracteriza como um empreendimento novo. No início do século XX, vários estudiosos de diferentes países interessavam-se por essa discussão.
            Na França, Auguste Comte propunha uma história social do conhecimento; Durkheim e seus seguidores, principalmente Marcel Mauss, estudavam a origem social de categorias fundamentais ou “representações coletivas”; do mesmo modo, historiadores como Marc Bloch e Lucien Febvre produziram reflexões importantes sobre as “mentalidades coletivas”.

2. Origens e desenvolvimento da sociologia da educação: uma leitura sócio-histórica de um processo intelectual
            A sociologia da educação, apesar da sua origem recente, conhece um notável desenvolvimento quantitativo e qualitativo. Precisa lidar no seu interior com um processo de desenvolvimento e diversificação de tratamento de seu objeto empírico, os sistemas de ensino em geral, e com uma gama infindável de opções teóricas e metodológicas para a sua investigação.

3. O olhar crítico sobre a educação: novos caminhos da sociologia da educação
            O desenvolvimento econômico significativo dos países de capitalismo avançado, no período pós-Segunda Guerra Mundial, atinge seu limite no fim da década de 1960 e no começo das 1970, período que será marcado por profundas crises. No nível econômico, os problemas decorrentes da crise do petróleo, do movimento de concentração das empresas transnacionais, da superprodução, de um certo esgotamento dos recursos naturais e da difícil integração dos países subdesenvolvidos ao sistema mundial, são aspectos a destacar. No nível social, uma crise social e cultural se expressa nos movimentos estudantis nos Estados Unidos, em 1965, e em França, em Maio de 1968. Esses movimentos traduzem também insatisfações sobre o papel da escola como instrumento de democratização das oportunidades educacionais.

4. A fase mais recente dos estudos em sociologia da educação: tendências e perspectivas
            O período recente é marcado pela crise econômica que, a partir de 1973, passou a ser o centro dos problemas mais urgentes das sociedades de capitalismo avançado. Esta crise vai ter profundas conotações sobre o sistema produtivo e atingir perspectivas globais. No nível econômico, apresenta-se como uma crise de produtividade, que exige uma importante reestruturação do sistema. A reestruturação caracterizou-se por uma utilização intensa da ciência e da tecnologia, que se incorpora ao âmago do processo produtivo. Este aspecto traz profundas implicações para o problema da qualificação do trabalho e, necessariamente, para o sistema de ensino. Se, por um lado, positivamente, o sistema escolar assume uma nova centralidade no conjunto das instituições sociais como espaço produtor e distribuidor de conhecimentos científicos, tecnológicos e na formação de uma mão-de-obra qualificada; por outro, em sentido contrário, verifica-se a queda dos níveis de emprego e uma rápida e crescente desqualificação de um número significativo de trabalhadores com a introdução de procedimentos novos ou com o abandono de setores inteiros da produção. Há que se destacar, também, a crise do Estado do bem estar Social e a proposição do Estado mínimo, que se traduziu para as organizações dos sistemas de ensino, na redução dos investimentos.

Correntes e controvérsias em sociologia da educação

            Tentaremos resumir aqui quais as origens, as principais polêmicas e as correntes teóricas que hoje atravessam a sociologia da educação. Em Inglaterra, os primeiros trabalhos de sociologia da educação nascem ligados aos estudos sobre mobilidade social em curso na London Schoolof Economics, sob a direção de David Glass. Daí que o cálculo das probabilidades diferenciais de acesso à escola tenha tido desde logo um lugar privilegiado e haja continuado a ser uma das questões de que a sociologia da educação inglesa se iria ocupar com mais insistência.
            Em França, a evolução foi bastante diferente. Aqui é um dos grandes antepassados da sociologia —Durkheim— que funda á disciplina nos últimos anos do século XIX. Para além do que se passava internamente na disciplina propriamente dita, muitos debates se travaram sobre o tema da escola, debates esses que vieram a ter uma importância crucial no tipo de questões abordadas pelos sociólogos da educação. O desencanto com as reformas educacionais é hoje tão vasto que atingiu já alguns dos maiores nomes dentro da sociologia da educação
            Este novo plano teórico aceito como dado que só se poderá falar de igualdade efetiva de oportunidades quando a proporção dos diferentes grupos na escola for mais ou menos idêntica à proporção que os grupos mantêm entre si na totalidade da população. Assim, a questão deixa de ser a de uma formal igualdade de oportunidades e transforma-se na da igualdade real de resultados.
            É verdade que muitas das primeiras investigações analisavam a escola na sua relação com a estrutura social; no entanto, a grande maioria dos trabalhos hoje feitos reduz arbitrariamente o objeto de análise isolando a escola do que fora dela se passa.
            É difícil numa nota deste tipo analisar, com alguma profundidade, os trabalhos feitos dentro da perspectiva funcionalista e fazer justiça à sua diversidade. No entanto, a grande maioria das investigações produzidas a partir deste paradigma teórico13 padece de alguns limites importantes, o que de resto não é exclusivo deste campo da sociologia. Desde o início, os novos sociólogos da educação distinguem-se pelo radicalismo das suas críticas em relação à «velha» disciplina, considerada como viciada pelo «positivismo» dos seus métodos e obcecada com questões macro sociológicas, agora vistas como desnecessárias e laterais, esquecendo desta forma a problemática, na sua opinião fundamental, do que se passa dentro da instituição escolar.
            Na seleção das correntes e investigações mencionadas, adaptou um critério institucional; daí que esta nota padeça dos limites inerentes à própria organização da sociologia da educação nos departamentos universitários e de investigação. De fato, a disciplina tem estado sujeita, tal como outros campos da sociologia, a um cantonamento arbitrário e prejudicial, na medida em que certas abordagens, nomeadamente a histórica, têm vindo a ser sistematicamente menosprezadas.
Educação, Sociologia da Educação e Teorias Sociológicas Clássicas: Marx, Durkheim e Weber
            Educação, sistemas, políticas e processos educativos têm-se tornado questões centrais nas sociedades contemporâneas. A discussão implica uma reflexão sobre o próprio conceito de educação: na verdade, os debates contemporâneos neste âmbito podem já ser desvendados na tradição clássica.             Nem todos os clássicos da Sociologia deram particular relevo às questões relacionadas com educação. Há três nomes incontornáveis neste domínio: Karl Marx, Émile Durkheime Max Weber. Embora Marx e Weber não se tenham debruçado explicitamente sobre os sistemas educativos e apenas tenham
1 A educação em Karl Marx

            A sociologia materialista – histórica – dialética de Karl Marx (1818-1883)é a sociologia da luta de classes, a sociologia das relações de poder no seio das sociedades capitalistas, do estruturalismo sócio- econômico -político.           Em poucas palavras, digamos que o marxismo é a sociologia do conflito, isto é, do “antagonismo”(Aron, 1991: 181). As contradições da sociedade capitalista (nomeadamente, entre classes; entre forças e relações de produção; e entre progressão das riquezas e miséria crescente da maioria) conduzirão à crise revolucionária: a revolução do proletariado, feita pela maioria em benefício de todos.
2 A educação em Émile Durkheim
            A sociologia estruturalista – funcionalista –sistêmica de Émile Durkheim (1858-1917)é a sociologia da objetivação do social, da coisificação das relações sociais (Cruz1989: XI). Esta ciência autônoma e empírica, assente na teoria do ‘fato social’, é a solução científica para decifrar o mundo.
            Em poucas palavras, digamos que é uma sociologia do consenso e da ordem, da coesão social, da moral (entendida como ‘produto social’). Marx está para as relações de poder como Durkheim está para as relações de coesão social. A sociologia durkheimianaensina o respeito pelas normas coletivas (Aron, 1991: 383).
3 A educação em Max Weber

            A sociologia accionalista – compreensiva –interpretativa – explicativa de Max Weber(1864-1920) é a sociologia da ação social dotada de sentido e de significado subjetivo: o sentido é interativo porque tem significado social; é subjetivo porque individual.
            A sociologia de Weber é a “ciência que se propõe compreender interpretativamente a ação social, para deste modo a explicar causalmente no seu desenrolar e nos seus efeitos” (Cruz, 1989: 584) [a ação é o comportamento humano dotado de sentido subjetivo; a ação social é a ação onde o sentido se refere ao comportamento, à conduta, de outras pessoas.

Notas finais
            No pensamento marxista, a educação é um espaço de reprodução ideológica dos interesses da classe dominante (a burguesia); em Durkheim, a educação é vista como instituição integradora essencial à ordem social; na perspectiva weberiana, a educação é fonte de um novo princípio de controlo, enquanto racionalidade instrumental de dominação burocrática (Morrow e Torres, 1997: Se em Marx a educação pode oprimir ou emancipar o indivíduo (no sentido de “libertação”); em Durkheim, a educação é o mecanismo pelo qual ele se torna membro de uma sociedade (se torna “um ser novo”).
Weber vai mais longe: a educação é fator de seleção e de estratificação sociais. Marx e Durkheim centraram-se no poder das forças externas ao indivíduo; Weber centrou-se na capacidade de ação do indivíduo sobre o exterior.

Nenhum comentário:

Postar um comentário